da Palestrina
- Nicolas Fraga
- 24 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

É bom estar de volta, pessoal!
Essa semana foi bem corrida pela volta às aulas na faculdade, então peço desculpas adiantadas. O artigo de hoje é sobre, se não o maior, um dos maiores músicos da Música Antiga/Renascentista. Seu nome é Giovanni Pierluigi da Palestrina. Italiano nascido na cidade de Palestrina(próximo à Roma) no ano de 1525. Compôs mais de 650 obras, sendo que a maioria na forma de motetos(mais de 300) e missas(104), já que a Itália é e sempre foi um país de forte influência católica, mas ainda assim, produziu notáveis obras seculares, com madrigais muito interessantes. É considerado por muitos críticos como o ápice do estilo contrapontístico.
Pouco se sabe de sua infância e adolescência, porém o que se tem documentação é que seu estudo musical foi em cidades próximas à Roma, onde aprendeu e trabalhou por grande parte de sua vida. Sabe-se que iniciou sua carreira como organista e maestro de coro em 1544 na Palestrina. Teve como grandes influências os compositores Guillaume Dufay e Josquin des Prez(Um dia ainda faço um artigo sobre eles), realizando, com base no estudo sobre esses, a criação de diversas obras polifônicas, diferente do cantochão da Idade Média que era monofônico e considerado “O mais próximo do canto dos anjos”. Seu primeiro cargo de relevância nacional foi o de maestro de coro da Capela Giulia, subsidiária do Coro Sistina, em 1550, entretanto, cinco anos depois foi exonerado pelo papa, aparentemente por ter se casado. Nesse meio tempo, publicou um livro de missas que foi o primeiro do tipo a ser publicado por um italiano. Seus trabalhos foram mudando ao longo dos anos, sendo maetro di cappela na Basílica de São João de Latrão, trabalhando na igreja Santa Maria Maggiore e, em seguida, conseguindo patrocínio do cardeal Ippolito II d’Este. Seus últimos anos de trabalho para a igreja foram de volta à Capela Giulia, mantendo sempre uma vontade de retornar à Palestrina, porém esse desejo nunca foi concretizado. Após a morte de sua primeira esposa, por gripe, chegou a pensar em celibato, mas logo casou-se novamente com Virginia Dormoli, uma rica comerciante de peles. Ao trabalharem juntos, conseguiram expandir o negócio, então pôde finalmente publicar suas obras com o próprio dinheiro. Faleceu em 1594 de Pleurite(inflamação das pleuras pulmonares).

Por ter servido grande parte de sua vida à igreja católica, a imensa maioria de sua obra é música para liturgia. Seu trabalho influenciou gerações após a sua morte, pricipalmente pelo estilo contrapontístico, sendo citado por Johann Joseph Fux em seus livros com elogios sem fim. Entendedores de música afirmam que sua música tinha como características: as elegantes linhas melódicas nas partes vocais e moderação em dissonâncias. Suas obras mais bem elaboradas são, obviamente, as missas. Alguns exemplos de obras-primas são: Missa Brevis, As lamentações de Jeremias, lições 1 a 3 e Missa “Benedictus Es”. A quem interessar, existe um filme sobre Giovanni chamado: Palestrina – Princeps Musicae que aborda melhor a vida do músico.
Esse post está acabando, mas como sempre, vou deixar um vídeo de uma das principais obras de Palestrina. Não esqueçam de dar like na publicação e na nossa página do Facebook.
Abraço a todos!
Fonte: Guia Ilustrado Zahar - Música Clássica
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